Usando informações do interior das rochas na superfície da Terra, reconstruíram o movimento das placas tectônicas do planeta nos últimos 1,8 bilião de anos.
Quando duas placas tectónicas se encontram no Parque Nacional Thingvellir, na Islândia, os cientistas usaram informações dessas rochas para reconstruir o movimento das placas tectónicas da Terra.
É a primeira vez que o registo geológico da Terra é usado desta forma, olhando tão longe para trás no tempo. Isso permitiu mapear a dinâmica do planeta que pode ver na animação abaixo.
O trabalho, liderado por Xianzhi Cao, da Ocean University, China, foi publicado no jornal científico de acesso livre Geoscience Frontiers.
O mapeamento do nosso planeta na sua longa história cria uma bela dança continental - hipnotizante por si só, e uma obra de arte natural. A animação começa com o mapa do mundo que todos conhecem. Em seguida, a Índia desloca-se rapidamente para o sul, seguida por partes do Sudeste Asiático à medida que o antigo continente de Gondwana se forma no Hemisfério Sul.
Há cerca de 200 milhões de anos (Ma, ou mega-annum, na reconstrução), quando os dinossauros habitavam a Terra, Gondwana uniu-se à América do Norte, Europa e norte da Ásia para formar um grande supercontinente chamado Pangeia.
Em seguida, a reconstrução continua a andar para trás no tempo. Pangeia e Gondwana foram formadas a partir de colisões de placas mais antigas. À medida que o tempo retrocede, surge um supercontinente anterior, chamado Rodínia. E não pára por aí. Rodínia, por sua vez, é formada pela ruptura de um supercontinente ainda mais antigo chamado Nuna, há cerca de 1,35 bilhão de anos.
O objetivo da rede Tor é disponibilizar aos utilizadores uma forma de aceder à Internet de forma tão privada e anónima quanto possível, encaminhando o tráfego cifrado por múltiplos servidores. Espera-se desta forma eliminar qualquer possibilidade de rastreio da origem do tráfego, permitindo a quem a usa contornar a vigilância imposta em alguns países por agências ou autoridades de censura.
O Prémio “Best Portuguese Internet Research da Internet Society 2024” foi atribuído ao artigo "Flow Correlation Attacks on Tor Onion Service Sessions with Sliding Subset Sum". Este artigo identifica e divulga uma vulnerabilidade da rede Tor que pode ser utilizada por terceiros para subverter os objetivos com que a rede foi concebida. A identificação da vulnerabilidade foi divulgada antecipadamente à equipa de desenvolvimento da rede Tor, contribuindo para aumentar a sua robustez.
O artigo foi publicado nas atas da edição de 2024 do reputado "Network and Distributed System Security (NDSS) Symposium" por uma equipa de investigadores de diferentes instituições nacionais e internacionais, que têm vindo a fazer da robustez da rede Tor uma das suas linhas de investigação.
O júri destaca a contribuição deste artigo para a proteção dos direitos dos cidadãos online e para o combate à vigilância abusiva e à censura por motivos políticos ou raciais, ambos objetivos da Internet Society (ISOC).
O Capítulo Português da ISOC felicita por isso Daniela Lopes, Jin-Dong Dong, Pedro Medeiros, Daniel Castro, Diogo Barradas, Bernardo Portela, João Vinagre, Bernardo Ferreira, Nicolas Christin e Nuno Santos pelo trabalho realizado.