quinta-feira, fevereiro 18, 2010

O ensino nesta Republica


No outro dia uma amiga que estava aqui de férias, exclamou-se por eu já não exercer a profissão de docente (diga-se professor do ensino secundário, que chegava a casa com um neurose do caralho nos cornos). "Ah pois é minha amiga" respondi-lhe eu. Saí do ensino farto de levar com muita porcaria todos os dias (leia-se hipocrisia e demagogia dos colegas sabichões e chefões e quando não eram estes era o caralho do sistema, proclamado pela gaiola das malucas da Av. 24 de Julho na estrondosa capital desta Republica de Orégãos à beira mar plantada).

Pois, e também lhe disse "... e conheço mais colegas que se puseram na alheta por verem que isto de ensinar no ensino básico e secundário neste país é tudo um festival de marionetas, em que os fios chegam a ser puxados pelos alunos (alguns, uns autênticos delinquentes que apenas passam na escola para terem um papel na mão no fim do ano e fazerem-se às miúdas com cinco piercings no umbigo)" e disse-lhe mais, "... sei de casos de professores de educação física que foram para padarias trabalhar (porque têm os braços bem musculados) a fazerem de batedeiras de massa do pão, porque a luz também está cara e as fábricas têm de inventar merdas para não se foderem ou pagar a algum sucateiro para peça ajuda a alguma vareta"...

Pois é, o estado do ensino está muito mau, vivi situações e presenciei outras que ainda no meu tempo, e foi há cerca de 15 anos não era nada assim. Um gajo bem gostava de olhar as professoras boas e até lhe mandava uns piropos escondidos atrás de alguma oliveira do pessoal do curso de hortoflocricultura mas tinha muita vergonha de exibir o focinho à frente dos mestres e faltar ao respeito como hoje se faz.

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