"Por caminhos de terra, onde o tempo parece ter parado, chegamos hoje,
por volta das 10h, ao Cachão. Hora marcada para a missa em comemoração
de S. Genésio, que por custar a dobrar a língua, a população
adormecida desta localidade passou a chamar S. Gens. Contam os livros
sagrados que este santo era o santo alegre, que gostava de festas. E
porque terão escolhido este santo para ser padroeiro desta pequena
localidade?
Passaram muitos anos após a última pessoa deixar o Cachão e este ser
agora um lugar desabitado. No entanto, com o restauro da capela e com
a celebração da missa para marcar o inicio de um novo fim, o Cachão
pareceu ressuscitar, com as pessoas que chegavam a pé por esses
caminhos de terra. E ouvia-se os comentários de quem ainda se recorda
desses tempos idos, que “aqui vivia fulano tal”, “desde sempre me
lembro desta abebreira aqui”….
A gente que não se esqueceu, voltou e aqueles que gostariam que não
ficasse esquecido continuaram a festa pela tarde fora."
Por Márcia Esteves
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