Já há algum tempo que ando para escrever este post. Depois da famosa música dos Deolinda trazer para a ribalta os problemas de uma geração(?), muitas besteiras e comentários politicamente correctos apareceram na comunicação social. Como se ainda não se soubesse que muitos jovens, e claro que dão ênfase aos licenciados (os queridos números do Sócrates), passam por momentos difíceis no que toca, sobretudo a emprego! Foi preciso uma banda de música, que muito gosto e ao que parece com bastante crédito no mundo da música nacional, sobretudo junto da crítica (ulálá), para levar uns entendidos a comentarem vezes sem conta que esta é uma geração parva, à rasca, yadda, yadda, yadda :). As reportagens nos canais televisivos abundam, com entrevistas a jovens em fim de curso sem perspectivas profissionais e outros já diplomados mas que andam a mendigar estágios (que legalmente estão ao abrigo de muitos programas acarinhados pelo nosso bondoso governo). Mas haverá muito mais para contar. Esta geração (termo bastante lato para referenciar jovens e não só que atravessam uma conjuntura económico/financeira difícil) também tem os seus caprichos. Haverá muitos casos, em que não se sujeitam a sair de casa dos pais porque têm uma proposta de trabalho noutra cidade (isto acontece sobretudo em pessoas que residem em Lisboa, o centro nevrálgico do país), sei de alguns casos. Esta geração, dos 30 anos (como diz a cantiga), já vota há pelo menos 12 anos, o que significa, que pouco ou nada fez para mudar esta classe política miserável e mafiosa que mais não faz que sustentar amigos. Incluem-se até na faixa etária mais abstencionista, segundo as sondagens e estatísticas pós-eleitorais.
Fico a pensar quando os jornais dizem que a música dos Deolinda acordou os jovens!!! Acordou? Estavam a dormir? O que fizerem desde a estreia da música no Coliseu do Porto? Não vejo nada! É bonito ser convidado para a TV para mostrar preocupação por uma geração que não tem emprego, que anda a deambular em entrevista em entrevista, que enchem festivais de Verão...
Ou como escreve o Expresso, Revolta na blogosfera. Mas que revolta? Só se for de pastéis de nata!!!
Santa hipocrisia! Este será mais um tema de notícias que o breve fará questão de fazer esquecer, como tudo o que é importante neste país.
Nasci em 1977.
Edit: O povo aplaude isto, depois queixam-se.
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