Blog sobre o que quer que seja mas isto vai lá estar: _ A R T E _ D E S I G N _ G E E K _ G R A P H I C S _ S C I E N C E _ C I N E M A
terça-feira, setembro 24, 2013
segunda-feira, setembro 23, 2013
domingo, setembro 22, 2013
quarta-feira, setembro 18, 2013
Embaixador Francisco Seixas da Costa - Síria
Síria
Governar é escolher, dizia Mendès-France. A escolha, no caso sírio, é de uma extrema complexidade. Deixar impunemente Bashir Al-Assad continuar a repressão de parte do seu povo parece obsceno, agora que as acusações de uso de armas químicas fizeram a guerra civil mudar de patamar. Mas decapitar o poder em Damasco, provocando uma espécie de "balcanização" armada, com a entrega do poder a grupos islamistas radicais, muito fragmentados entre si, sem a menor garantia da criação de um processo democrático alternativo, é também um risco estratégico fortíssimo.
Que fazer? A escolha dos EUA e alguns aliados, mas ainda não plenamente assumida e fragilizada na reunião do G20, seria no sentido de provocar um forte abalo do regime sírio, por ataques cirúrgicos a estruturas e entidades que suportam o essencial da sua ação militar, com vista a provocar o seu enfraquecimento e a forçá-lo à negociação de um qualquer compromisso. Curiosamente, no discurso ocidental, poucos falam na substituição de Assad e mesmo no seu possível julgamento pelo TPI (Tribunal Penal Internacional), talvez porque alguns considerem que um cenário "menos mau" ainda pode ter de vir a passar por ele. Longe vão os tempos do "regime change" que era voz corrente no caso do Iraque.
Em todo este contexto, valerá a pena não perder de vista algumas coisas:
· que o regime de Assad, não obstante a violência dos seus métodos (aliás, na velha tradição bárbara do pai do ditador), tem um considerável apoio popular no país, por razões de equilíbrios étnicos que têm muito a ver com a própria existência do país. O sunitas moderados, bem como as minorias cristãs, druzas, chiitas e curdas parece continuarem a preferir Assad à instauração de um modelo islâmico radical.
· que a oposição está extremamente fragmentada entre grupos no exterior, sem grande influência interna e apenas relevantes nos refugiados e na diáspora, e os grupos internos que conduzem as operações militares, fortemente extremistas, que fazem parte de uma espécie de "brigadas internacionais" salafistas, que o ocidente se resignou a apoiar, sob pressão dos seus aliados sunitas (Turquia, Arábia Saudita e Qatar).
· que a agenda anti-Assad, na realidade, tem como importante objetivo tentar enfraquecer a aliança entre a Síria e o Irão - porque a questão iraniana permanece como o elemento vital de toda esta questão. Por forma a evitar que o Irão se assuma potência central da região, em especial se vier a obter poder nuclear, o ocidente decidiu tomar partido pelas forças sunitas, na tentativa de quebrar a ligação entre as forças chiitas que ligam Síria, Irão e Iraque, bem como o Hezbollah libanês.
No caso sírio, como às vezes acontece, parte do mundo encontra-se perante a "alternativa do diabo": qualquer escolha será má, restando saber qual será a pior.
ps - porque é bem ilustrativa do que a Europa política é, note-se o esforço declaratório da União Europeia sobre este assunto, recheado de ambiguidades para poder acomodar o mar de divergências no seu seio.
Francisco Seixas da Costa
terça-feira, setembro 17, 2013
Kit Kat: o novo Android
Na saga da nomenclatura de doces e guloseimas para as versões dos sistemas operativos Android que vão saindo, desta vez chega o Kit Kat. Parece apetitoso, vamos ver o que trará de novo.
Quem diria que num chocolate Kit Kat haveria tanta engenharia, tanta performance!
quarta-feira, setembro 11, 2013
segunda-feira, setembro 09, 2013
Como vai o ensino básico em Timor Leste - sinais de subdesenvolvimento
Fernando António anda todos os dias 10 quilómetros a pé para dar aulas em Timor-Leste
Por Isabel Marisa Serafim (Texto) e António Amaral (Fotos), da agência Lusa
Díli, 27 jul (Lusa) - Fernando António diz que só sabe ser professor e por isso anda todos os dias cerca de 10 quilómetros a pé para dar aulas na escola de Loro, a aldeia mais pobre do suco de Suai Loro.
"Não há luz, água potável, casa de banho e também não há estrada para a nossa escola", diz à agência Lusa Fernando António, que vive em Suai Loro, perto do Suai, a cerca de 175 quilómetros a sudoeste de Díli.
O professor Fernando António até podia utilizar uma motorizada para chegar à escola, mas a ponte que existia para passar uma ribeira e onde até conseguiam passar carros, caiu com a força da água provocada pela época de chuvas e agora só conseguem passar pessoas.
"Com chuva demoro 50 minutos, com sol apenas 30", explica.
Apesar do esforço diário para chegar ao trabalho e de ganhar apenas 247 dólares mensais, nem a chuva, nem os "crocodilos que às vezes ficam à espera das pessoas na praia" o demovem de ir para o trabalho todos os dias.
"Para mim gosto. É o meu trabalho. Foi com esta profissão que sustentei os meus filhos e filhas. Gosto muito de ensinar os alunos e alunas. Ensinar é uma experiência para nós", diz.
O professor tem cinco filhos e dois estão em Díli a estudar na universidade.
Na aldeia onde dá aulas vive outra filha, com os netos, que também ajuda com o pouco que ganha, porque o genro vive da pesca e da agricultura, que ao "pé do mar é fraca, porque a terra não é boa".
Fernando António gostava de ter uma escola melhor, mas o que considerou serem prioridades urgentes são as "cadeiras, as mesas, os quadros, os armários para guardar livros" e outro material, como lápis, canetas e cadernos.
"Os alunos são pobres e não podem comprar", afirma.
Na escola de Loro estudam 100 crianças divididas por três salas e dão aulas mais duas professoras.
Segundo Fernando António, que leciona há 32 anos, às vezes é difícil ter todos os alunos na sala.
"Os pais não mandam as crianças à escola e às vezes quando aqui chego sou eu que os vou buscar a aldeia", diz, sublinhando que os pais não percebem a importância das crianças irem à escola, porque também não sabem ler e escrever.
"É gente pobre", desabafa, acrescentando que às vezes a única refeição que as crianças comem por dia é a que é fornecida na escola, normalmente arroz com legumes.
Apesar das dificuldades, faça sol ou chuva, Fernando António não falta à escola e todos os dias caminha os cinco quilómetros a pé para cada lado para os alunos aprenderem a ler e a escrever.
MSE // VM
Lusa/Fim
sexta-feira, setembro 06, 2013
terça-feira, setembro 03, 2013
TIPS FOR JOBS
Nem sempre o que dizemos é o mais importante. Surge agora um artigo na Prolife Academy que indica que a comunicação não verbal (julgo que em português se poderá dizer linguagem corporal, mas não sou especialista nisto) é um dos factores mais importantes numa entrevista de emprego. Aqui está o artigo completo.
Com mais dicas por aqui.
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