Com o início da temporada 2025/26 da Premier League, é interessante observar quem realmente controla os 20 clubes que disputam aquele que é considerado por muitos o melhor campeonato de futebol do mundo.
Atualmente, quase metade dos clubes da Premier League (49%) estão sob propriedade americana. Isso já não é novidade para quem acompanha o futebol inglês — os investidores dos Estados Unidos há muito tempo cruzaram o Atlântico e começaram a adquirir participações em clubes britânicos. E essa tendência não se limita à primeira divisão: no Championship, segunda divisão inglesa, 12 dos 24 clubes também têm donos americanos.
O site The Athletic publicou um gráfico bastante esclarecedor que mostra como está distribuída essa “propriedade americana” no futebol inglês.
Entre os clubes da Premier League, apenas Brentford, Brighton, Newcastle, Nottingham Forest, Sunderland e Tottenham ainda não foram comprados por investidores dos EUA.
💼 Mais do que investimento: influência e transformação
Engana-se quem pensa que esses investidores estão apenas à procura de retorno financeiro. Ao adquirir clubes numa liga globalmente valorizada como a Premier League, eles não só entram num negócio lucrativo, como também ganham influência para moldar o funcionamento da competição.
Nos Estados Unidos, a NFL é o exemplo máximo de gestão desportiva eficiente e rentável. Em 2025, as franquias da liga estão avaliadas, em média, em 7 mil milhões de euros cada — mais do que o valor do Real Madrid, o clube mais valioso do futebol mundial. Os Dallas Cowboys, por exemplo, lideram esse ranking com uma avaliação de 12,5 mil milhões de euros.
Além disso, cada franquia da NFL gera, em média, 130 milhões de euros em lucro operacional. É esse modelo de negócio que muitos dos novos donos americanos pretendem replicar na Premier League.
🎭 Premier League à americana?
Nos próximos anos, é possível que vejamos a Premier League transformar-se num espetáculo mais próximo do estilo americano — com foco em entretenimento, rentabilidade e gestão empresarial. A grande questão é: os adeptos vão aceitar essa mudança?
Só o tempo dirá.
fonte: The Athletic, Huddle Up, Sportico
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