terça-feira, dezembro 06, 2011

MadeiraDig 2011


Ontem foi o último do dia do festival de música digital na Madeira, MADEIRADIG. Foi mais uma edição espectacular, pelos dias que presenciei os concertos e after show events, provou-se que é uma verdadeira lufada de ar fresco no marasmo cultural da ilha. Os concertos apresentados não chamam muito público, são muito experimentais e crus e o repositório que apresentam os artistas neste evento ainda costuma ser mais improvisado e alucinante para as expectativas assumidas. Isto é manifestamente bom, porque ainda torna o espectáculo mais genuíno e talvez o aproxime mais das suas raízes de criação (isto falo sem conhecimento de causa), por ser produzido por uma produtora alemã sediada em Berlim, a Digital in Berlin.

Este ano o MADEIRADIG contou com várias presenças dos EUA, e que a figura mais mediática talvez tenha sido o Lee Ranaldo, fundador, guitarrista e autor de várias músicas dos Sonic Youth., mas não o vi ao vivo, prefiro apostar no perfeito desconhecido e esperar o que me toca. Este ano fiquei contente com os concertos que vi. ONEOHTRIX POINT NEVER [USA],  DEAF CENTER [Norway], NADJA [Canada]  e KTL [E.U.A./Austria]. Estes 4 concertos atravessaram vários géneros musicais, embora todos eles alinhassem na música digital. Fico à espera do MADEIRADIG 2012...

4 comentários:

  1. Subscrevo as impressões sobre o festival, mas não posso deixar de mencionar que a produção do MADEIRADIG não é de um alemão mas sim bem madeirense, da APCA! A Digital in Berlin (uma revista online!), é parceira do festival, tal como a Casa das Mudas e a Estalagem da Ponta do Sol. Tanto quanto sei, é apenas a responsável pelo site e pela promoção internacional do evento!

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  2. Caro Anónimo, obrigado pelo seu comentário. Só posso dizer "o seu a seu dono". Mas deixe-me alertar para a falta de clareza de informação sobre este dado (a produção da APCA) na rede cibernética. Como compreenderá, quando consultei websites sobre o tema, o que encontrei foi uma igualdade de parceria na realização do evento entre a Digital in Berlin e outros. E isso, para um qualquer leitor e interessado na matéria levaria a arcar uma posição idêntica à que tive quando escrevi o post. Senão vejamos aqui (http://www.centrodasartes.com/espet%C3%A1culos-9.aspx) e aqui (http://madeiradig.com/ -> Partners) para tirar uma conclusão idêntica ao que escrevi. Mas ficam os meus parabéns para quem quer sejam os organizadores do MADEIRADIG.

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  3. Olá, o Festival Madeira Dig é uma produção de vários parceiros numa associação livre e tão genuína quanto o festival per si. É a APCA, é a Estalagem da Ponta do sol, é o Centro das artes, é o DigitalBerlin, é o Vítor Joaquim, o Pedro Clode, etc... o que realmente interessa é que todos contribuem com excelentes ideias e iniciativas para se organizar todos os anos um evento que tenha qualidade estética e que também crie uma comunidade crescente de pessoas apaixonadas pela criação artística experimental.

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  4. Caro Anónimo, pena é que sejam sacrificados grupos e associações em função de promoções pessoais (nomes de meia dúzia de pessoas), mas isso é tipicamente português, e em terras pequenas ainda se torna mais empolgante fazê-lo, para que no burgo o povo saiba quem é "importante".

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